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Como a enxaqueca afeta o rendimento no trabalho

por Dr. Henrique Carneiro em 12th abril, 2011
Cefaleia no mercado de trabalho

 Enxaqueca não precisa ser uma dor de cabeça para as empresas

Estudos revelam que enxaquecosos podem produzir menos e com prejuízo no rendimento laboral.  

 Estima-se que a diminuição de produtividade no trabalho por causa da enxaqueca (migrânea) leve as empresas a prejuízos de bilhões de dólares por ano, em todo o mundo.

Estudos realizados pelo Departamento de Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional da Universidade de Cincinnati (EUA), revelam que a enxaqueca afeta a qualidade de vida e o rendimento no trabalho ou estudo, diminuindo, assim, a capacidade de ganhar dinheiro.

De acordo com o neurologista Henrique Carneiro, diretor da Sociedade Mineira de Cefaleia, a enxaqueca prejudica o desempenho ou aproveitamento no trabalho não apenas pelo absenteísmo – falta ao serviço por causa da doença – mas também pelo presenteísmo. Neste caso, a pessoa comparece ao trabalho, mas, devido à doença, tem seu rendimento comprometido. Estima-se que a perda de capacidade laboral em pacientes com enxaqueca crônica não tratada é de 20% (presenteísmo) e que os mesmos tem cerca de 9 a 12 dias de absenteísmo ao ano. Além disso, os enxaquecosos – como são chamados os portadores da enxaqueca  podem sofrer preconceito, pois estão sujeitos a desmarcarem reuniões devido às crises ou mesmo rejeitar uma promoção no trabalho pelo nível de tensão que o cargo pode exigir. “A enxaqueca é uma doença que afeta os indivíduos e as empresas. Mas este não pode ser um fator de desqualificação profissional. Cerca de um quinto da população mundial sofre da doença, parcela que se repete no Brasil. A migrânea não deve ser critério de eliminação para um candidato capacitado para a vaga”, explica.

O neurologista aponta soluções simples, como a implantação de política de saúde entre os funcionários, por meio de palestras, campanhas de conscientização e acompanhamento médico adequado. “O problema não é ter enxaqueca, e sim, o diagnóstico e tratamento equivocados. Muitas vezes, a dor se manifesta em diferentes áreas, podendo ser confundidas com sinusite ou dor de dente”, alerta.

Atitudes como diminuir do consumo de cafeína e outros alimentos, garantir noites de sono tranquilo, evitar o tabagismo e o alcoolismo, entre outras medidas, podem diminuir ou eliminar crises de enxaqueca. “A migrânea é uma doença hereditária e é preciso que cada paciente, juntamente com o seu neurologista, consiga descobrir os fatores desencadeantes. Criar um diário da dor ajuda na identificação destes fatores e as medidas preventivas são as mais utilizadas pelos médicos. Ninguém é obrigado a conviver com a dor”, completa.

Atitudes para evitar a enxaqueca:

– Fazer um diário da dor: em que horário surge a dor, quais foram suas atividades no dia que antecedeu a crise, o que você comeu (chocolate, leite, enlatados, embutidos…), se foi desencadeado por algum cheiro forte (como perfumes, shampoos, produtos de limpeza…) o que você fez de diferente dos demais dias que pode ter provocado a crise, qual a intensidade e duração da dor e quais os sintomas percebidos.

– Praticar atividade física regular;

– Evitar tensões;

– ter noites de sono tranquilo;

– Evitar o consumo excessivo de cafeína e de álcool;

– Evitar o tabagismo;

– Identificar os fatores ambientais que contribuem para o aparecimento da enxaqueca e evitá-los.  Alguns desses fatores são exposição excessiva ao sol e exercícios físicos extenuantes;

– Evitar o uso contínuo de analgésicos. Consumir medicamentos mais de duas vezes por semana durante três meses seguidos pode tornar a doença crônica.

– Evitar longos períodos de jejum.

Atitudes para a empresa identificar e minimizar os problemas causados pela enxaqueca nos funcionários:

– Fazer uma pesquisa para detectar os funcionários que apresentam sintomas característicos da enxaqueca; Aplicação de testes específicos sobre impacto da dor no rendimento laboral (HIT test – Headache impact test) que pode ser aplicado no próprio ambiente de trabalho ou por internet.

– Implementar ações coletivas que estimulem a qualidade de vida dos funcionários e reduzam vícios potencialmente causadores de dor;

– Incentivar o acompanhamento médico adequado para casos selecionados.

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